30.12.08

mar e mar ...


...




[Nair '08]

23.12.08

*


«
Soube há momentos que a Lena morreu. Morreu há já três dias.
Num hospital, numa cama sozinha, provavelmente abandonada…
E eu nem sei o que pensar, ou sentir. É estranho.

A Lena. Nem sei o seu apelido.
Tudo o que sei são lágrimas choradas, momentos de dor que ela connosco partilhou. Por vezes o entusiasmo de querer mudar, noutras o desespero de se entregar, de se render.
Eu estou melhor não estou? As pessoas dizem-me que estou com outra cara!
Sim estava. Tinha um brilho e um sorriso nos olhos…

Lembro as lágrimas, e não esquecerei as palavras…

É só mais um dia igual aos outros… vou estar sozinha… vou passar o dia a dormir… não tenho ninguém.
Um feliz Natal para a tua família e para ti…

Lembro (penso) o sofrimento, a dor, o frio, a fome, a solidão.
Lembro as últimas palavras que me disse…

Não te estou a mentir!, eu não posso mentir a ti e às tuas amigas.


Espero também não 'mentir'.
Acreditar que haverá sempre um lugar para ti,
que a tua vida não morreu, a tua existência continuará, onde e como quer que seja.

'Lena'


[ Lisboa, 2001 ]
»


Esperança
De brilho e sorrisos renascendo em todos os olhares!

Esperança, irmão,
que alguém seja abraço de Natal para ti,

onde quer que...



9.12.08

If I had the chance...


«
On the floor of Tokyo
Or down in London town to go, go
With the record selection
With the mirror reflection
I'm dancing with myself

When there's no-one else in sight
In the crowded lonely night
Well I wait so long
For my love vibration
And I'm dancing with myself

Oh dancing with myself
Oh dancing with myself
Well there's nothing to lose
And there's nothing to prove
I'll be dancing with myself

If I looked all over the world
And there's every type of girl
But your empty eyes
Seem to pass me by
Leave me dancing with myself

So let's sink another drink
'Cause it'll give me time to think
If I had the chance
I'd ask the world to dance
And I'll be dancing with myself

...

...

...

...

.

...

...
»

Dancing with Myself
NOUVELLE VAGUE





1.12.08

Um de Dezembro



"Dia Mundial da Luta contra HIV"


Hoje,
e todos os dias

...







Moçambique, 07Ago2005

22.11.08

«Calçada Portuguesa»





ou não!.. :)




20.11.08

um nome



NOME
Escreves um nome.

[ pode pertencer a tantas pessoas ]

Mas quando escreves é único,
tem um rosto irrepetível a ele associado.

Escreves um nome.
E afinal é alguém muito próprio que tornas presente,
que trazes até aqui, a esta escrita,
à leitura que o amanhã possa fazer.

Um nome

[ agarrado a tantas pessoas ]

Aqui?
Agora?

Não é anónimo.
É a pessoa em si mesma que chega,
que apresenta uma história.

Não é um nome, uma pessoa...
É o nome, a Pessoa.


Pode ser o teu nome.
Tu mesmo presente aqui.


(06Fev06)


«
Artigo 7
1. A criança é registada imediatamente após o nascimento
e tem desde o nascimento o direito a um nome,
o direito a adquirir uma nacionalidade (...)

CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA
Assembleia Geral das Nações Unidas - 20Nov89
»



17.11.08

Sugestão (2ª parte)



Quando o lugar dos livros
é (já) o encontro com os leitores...





...vários são os caminhos para lá chegar :)


www.palimage.pt



Feliz encontro!

13.11.08

Sugestão..



..Convite!


Sábado,
15 de Novembro de 2008,
15 horas,
Casa da Cultura de Coimbra:


Apresentação do livro

"Não havia lugar para Ele"

contos de Maria João Oliveira
e ilustrações de Nídia Nair



Serão benvindos!

3.11.08

"É a Hora!"

...de retomar fôlego,
beber Esperança,
e sempre revisitar...

«
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer -
Brilho sem luz e sem arder,
como o que o fogo-fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quere.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a Hora!


10-12-1928

Fernando Pessoa
Nevoeiro, Mensagem
»


31.10.08

...


"

mãe

há uma pomba a olhar para nós...

é branca como a espuma das nuvens,
como flocos de algodão soltos em brisas de outono


vais levar-me ao topo da serra? mostrar-me os pomares onde cresceste?
de lá soltarei as asas,
sobrevoarei o regato fresco
e sei,
onde quer que estejas,
que o teu sorriso será o mais terno,
pleno de luz e arco íris

sentes?.. é como flutuar em mar calmo...
estamos de mãos dadas mas fechamos os olhos...
e o mar,
o mar será agora o nosso ventre comum,
o embalar sussurrante das tardes de verão


gosto de ti,
beijo-te e danço descalça em teu redor

já descobriste os pirilampos?
vê!...
são da cor do nosso coração a crescer contigo


Quando fechar os olhos,
será novamente a serenidade dos teus braços a acolher-me

"

sem data

30.10.08

la mirada del caminante


] [


exterior

interior

[ ]






Nair Out'08
papel, mdf e alumínio

] [



28.7.08

« off line »





~

~

22.7.08

poema de Sofia


«

Deus escreve direito por linhas tortas
E a vida não vive em linha recta
Em cada célula do homem estão inscritas
A cor dos olhos e a argúcia do olhar
O desenho dos ossos e o contorno da boca
Por isso te olhas ao espelho:
E no espelho te buscas para te reconhecer
Porém em cada célula desde o início
Foi inscrito o signo veemente da tua liberdade
Pois foste criado e tens de ser real
Por isso não percas nunca o teu fervor mais austero
Tua exigência de ti e por entre
Espelhos deformantes e desastres e desvios
Nem um momento só podes perder
A linha musical do encantamento
Que é teu sol tua luz teu alimento.

»


Sophia de Mello Breyner Andresen




(Cem Poemas de Sofia, Ed. Revista Visão - JL, 2004)


20.7.08

1 pouco +

sem palavras




...





Somente sorrindo, face ao inesperado ...

18.7.08

.

«
Sempre que de mentira a verdade tenha aspecto,
deve o homem até poder cerrar os lábios,
para que,
sem culpa ter,
não haja de que se envergonhar.
»

Dante

(A Divina Comédia, Inferno, Canto XVI)


15.7.08

v.p.f.




12.7.08

«Tem mais Samba...


... no encontro que na espera

... a maldade que a ferida

... no porto que na vela

... o perdão que a despedida

... nas mãos do que nos olhos

... no chão do que na lua

... no homem que trabalha

... no som que vem da rua

... no peito de quem chora

... no pranto de quem vê

Que o bom samba não tem lugar nem hora
O coração de fora
samba sem querer

Vem que passa
Teu sofrer
Se todo mundo sambasse
Seria tão fácil viver

»

(Chico Buarque - 1964)



Se todo mundo sambasse
...

:)



11.7.08

subtileza(s)


«
Acreditei sim
e procurei espaços extra que, por supérfluos,
redimem e acrescentam alguma coisa àquele mundo de mínimos.


O dinheiro para dois pães
compra um pão e margarina,
ou um pão e uma rosa...
»


(Entrevista a Vítor Figueiredo, Lisboa 1998
revista Documentos de Arquitectura, n.2)


10.7.08

« »


«
Mas,
ainda na sua actividade mais resumida,
a vida é um bem supremo:
porque o encanto dela reside no seu princípio mesmo,
e não na abundância das suas manifestações!
»


(O Mandarim, de Eça de Queiroz)

..

7.7.08

saiba que


«


não tenho inveja da maternidade
nem da lactação
não tenho inveja da adiposidade
nem da menstruação
só tenho inveja da longevidade
e dos orgasmos múltiplos
e dos orgasmos múltiplos

eu sou homem
pele solta sobre o músculo
eu sou homem
pêlo grosso no nariz

não tenho inveja da sagacidade
nem da intuição
não tenho inveja da fidelidade
nem da dissimulação
só tenho inveja da longevidade
e dos orgasmos múltiplos
e dos orgasmos múltiplos

eu sou homem
pele solta sobre o músculo
eu sou homem
pêlo grosso no nariz


( Homem, Caetano Veloso )

»

Sou Mulher.
Feliz ;]





6.7.08

] [




[ Casulo, Mai'08 ]



26.6.08

« Mundo »



Mientras que lo que es en parte no fuere aniquilado,

y no viere lo que es perfecto,
tu eres el lugar en que me escondo.
Idas son las flores, más allá del mar.
Aqui todavia el marrón y el amarillo.
El verde.
Nadíe, por ventura, recusará el verde.

( )

Idas son las flores, entretrocadas.
En el silencio acerado, inmovil, te contemplas.
Grande es tu atrevimiento, es cierto,
porque queres conocer como eres conocido.



[ texto de Ana Seixas sobre projecto de Adalberto Tenreiro,
traduzido para publicação - revista ArChitécti 10. ]

19.6.08

!

E quando pedras da calçada se erguem,




.. Arte Contemporânea se expande pelas ruas.


[ In - Paralelos - Out de Luís Plácido Costa ]

17.6.08

« »


Estilos de vida. Estilos na arte.
Se intervirmos em um, influenciamos o outro...

Procuramos auxiliar nossos pacientes a perceber e a valorizar sua vida, a contemplar a extraordinária beleza do tempo:
como é esse tempo que às vezes deixamos passar e não vivemos, para um dia se dar conta que já se passou tempo demais?
Que tempo é esse que então buscamos recuperar?
Que qualidade e duração ele tem?
De onde vem o poder desse tempo de curar feridas e oferecer dias mais plenos e radiantes?

Não é na arte que podemos expressar o maravilhamento pela eternidade do ciclo da vida do qual somos todos uma pequena parte?

É preciso crer.

É preciso se situar no espaço, ser.

Quando sabemos quem somos não importa mais o porquê.
É suficiente ser.


(Ines Novoa Jezler)



16.6.08

« »

O que for a profundeza do teu ser, assim será teu desejo.
O que for o teu desejo, assim será a tua vontade.
O que for a tua vontade, assim serão teus actos.
O que forem os teus actos, assim será teu destino.

Esse é o caminho de todos nós.


(autor desconhecido)

9.6.08

difícil Arte,

tentar ser artista

...

...




...

se pelo menos

...

...

...

...

3.6.08

vírus

A

1ª Mostra
VÍRUS - BD, ILUSTRAÇÃO E ANIMAÇÃO DE LEIRIA

decorreu em Março deste ano, nessa mesma cidade.

Entre as várias actividades do programa
refiro o concurso «Vilões, Vilanias e outras Ironias 2008».

Porquê o concurso em particular?
Porquê agora?

:)

Porque concorri com alguns trabalhos na categoria de ilustração, e porque agora nos foram devolvidos os mesmos.

Assim sendo,
concluído o processo de concurso,
tomo a liberdade de aqui apresentar um dos meus trabalhos.

Para quem conhecer as lendas da cidade
e as notícias que com frequência referem as ribeiras das freguesias vizinhas...



«Eram rosas senhores!... porcos... rosas...»
Olharapo - Nov 07

30.5.08

papéis de imprensa

cortados

colados

modulando formas

ocultando rostos

revelando expressões



máscara

farrapão

em peça de teatro académico

:\

29.5.08

outros 'grafites'

sob chuva,

em Leiria,

e de pescoço torcido :/

Chuva

Abril

Abril de 2007

27.5.08

] ~ [


Cegonha de asa ferida proibida de abraçar.
Interrompido seu ser livre, seu voar.

Reencontro hoje tua pele,

sob a chuva de água quente:

corpo frágil,
tímida voz,
de um espírito em gratidão.

Ontem,
foste tu nosso berço primeiro, ninho vital.

] ~ [

O que é dado não é perdido...
Redescobre-se,
em maturação...


recortes de imprensa

«





DICIONÁRIO DE UMA REVOLUÇÃO, por Tânia Relvas

A
a
a
B
b
C
c
c
c
c
c
c
c
D
F



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I
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O
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P
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p
Q
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R
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r
S
s
s
s
U

»


...

Que prazeres a descobrir perante a actual 'crise gasolineira'?

;)




26.5.08

perdida?! ...








... ou talvez não

:]





23.5.08

por vezes

«

O corpo cansado,
dorido pelas marés,

cantava baixinho ...





... ensina-me a viver !

»

19.5.08




Ana e Pedro

Com todos os abraços amigos!,
desde sempre...


E que exista
s e m p r e
o entusiasmo de novos horizontes a desvendar...






15.5.08

* *

Na passada 5ª feira nasceu o Moisés.

Na presente 5ª feira nasceu o Pedro.

...

Teremos candidatos para a próxima 5ª?

...


Sorrisos de boas vi(n)das!

:)
:)

12.5.08

vaidade

..
Na penúltima mensagem confessei o meu atraso,
e nesta assumo-me vaidosa.
?

Esclareço:
orgulhosa com uma das minhas mais recentes pinturas!

Brevemente terá um novo suporte,
um novo espaço quotidiano, de carácter semi-privado.

Aqui a apresento
- em pré-partida,
feliz pelos olhares que a cruzarem virtualmente...







Revolucionei o estúdio à procura da luz mais favorável,
mas existem sempre tons difíceis de captar.



Fica a curiosidade
:)




(tema - Justiça
título - ainda por definir)





A8

de Lisboa
para Leiria ..


.. e amizade com cores de sol






atraso

Sim,
é verdade que estou atrasada,
mesmo não sendo o Sr. Coelho da estação de metro no Cais do Sodré...

Estou atrasada,
em falta convosco,
pois há já quase um mês e meio que voltei a esta base, este espaço - estúdio,
e só agora renasce a vontade de 'blogar'.

...

Não sei se existe alguma relação directa,
mas confesso que regressei numa nova década :)

Sim, sim, já dei o saltinho para os . . . ? ? ?

...

E sabem?
Sabem certamente!
É tudo igual!

:)

17.2.08

fora de serviço

Venho comunicar a todos os visitantes
- dos mais assíduos aos acidentais -
a interrupção temporária da minha actividade de bloguista.

Por motivos de uma inesperada proposta de trabalho enquanto arquitecta, dificilmente terei oportunidade de publicar outras grafias até final do mês de Março.

Prometo voltar!
Espero que voltem também :)

.
.
.

8.2.08

ambiguidade

«
Do lat. ambiguitáte-,

substantivo feminino

1. qualidade do que é ambíguo;
2. obscuridade de sentido; duplicidade;
3. LITERATURA complexidade e indeterminação semânticas de um texto;
4. LINGUÍSTICA propriedade da unidade linguística de ter mais de um sentido; anfibologia;
5. dúvida; incerteza;
6. hesitação;
»

(fonte: www.infopedia.pt - 08.02.2008)






(acrílico e vidrite sobre tela; Nair - Jan 08)






28.1.08

blogue

Não me esqueci,
não desisti dele...

Apenas a sensação de nem sempre ser o 'canal de comunicação' pretendido; pela incógnita - que existirá sempre - de não saber quem o visita, quem o procura; e se, ao fazê-lo, sorri surpreendida(o) com o que encontra, e desse encontro procura outros lugares, outros olhares...

[ ]

Hoje,
palavras de uma tela-poema,
hino a dois amigos :)


Fotografia cedida por 'S'

«
Fazer por Viver com Amor
Fazer por Viver Amor
Fazer por Amor
Fazer com Amor
Fazer Amor
Viver Amor
Viver com Amor
Viver por Amor
Viver por Fazer Amor
Viver por Fazer com Amor
»

18.1.08

música

Audição,
Tacto,
Visão


«
A música serve para avisar, recordar, mostrar, direccionar na vertical.
A música é um argumento para o facto do Homem ser capaz.
(...)
A música é um instrumeno de Deus, mas em mãos humanas.
A sua ideia é cósmica, mas quem toca concretamente e hoje é matéria. Matéria que toca. O dedilhar da matéria que explora todas as suas possibilidades.
As posições dos dedos da matéria.
(...)
»

Ivan Kadlečík in “Rapsódia e Miniaturas”





8.1.08

'madrugada' fotográfica






Barragem dos Minutos, Alentejo





7.1.08

ironia,

na cor que pinta as grades
de uma
cela disciplinar
cela longe
cela só.

Prisão,

frio de corpo
frio de alma

de um e outro lado das grades
a ironia de uma cor,



cor Rosa Salmão.

3.1.08

2008

Novo ano, novo dia

«
O Rei da Cidade de Corinto, o poderoso e inteligente Sísifo, andou para aí a fazer mais que uma coisa que desagradou aos Deuses e mesmo ao próprio Zeus,
(…)
O Rei nu, o soberano, os músculos contraídos quase a ponto de rebentarem, imprime-se com todo o seu corpo, com todo o seu ser, à pedra angulosa, como se estivesse deitado de esguelha sobre a mesma: talvez imagine debaixo de si a macia Sofia. E está só, na sua proximidade não há vivalma. A metade esquerda da sua cabeça fende-se de dor até a esse coração pequeno e frágil e das raízes arrancado.
Ele pragueja e chora de desespero, talvez se encontre precisamente a meio do caminho, no ponto morto do plano inclinado, numa situação indeterminada entre o cume e o abismo. Reza, enfurece-se, já nada finge, ele é sacudido pelo medo e pela loucura do esforço vão. E mesmo assim, ou assim parece, ele gosta dessa pedra, apaixonou-se por ela. É o seu retrato fotográfico, uma parte da alma e o seu sentido, a sua liberdade interior. É que, o que acontece se conseguir levar a pedra até ao cume sem que caia? Ele perde o emprego, perde a sua profissão.
(…)
Ele nunca vencerá o poder da gravidade mas, contrariamente à lógica corrente, de uma forma absurda ele dá origem aos acontecimentos da História, produz a ideia da forma irredutível de que o espírito humano se encontra inserido no cosmos. Se por uma vez conseguisse empurrar a pedra para cima, ele venceria. Mas seria um vencedor? Seria um herói? Um vencedor já é há muito tempo, uma vez que as suas derrotas e os seus fracassos contínuos ainda não o quebraram; ele vai vencendo de forma heróica e diária a sua própria fraqueza. A coragem de sempre começar de novo, do nada, do zero – e de não se deixar abater, de não parar.

Afinal porque não?
(…)
»

Ivan Kadlečík in “Rapsódia e Miniaturas”