"Trouxe caneta preta e lápis de cera para desenhar – em vez de fotografar – mas nem lhes peguei. As minhas notas de viagem são quase sempre escritas. Cores, texturas, cheiros, detalhes, ficam registados na memória com intensidade! As imagens (mapas, desenhos, fotos) são fragmentos activadores. As palavras também e não captam nem transmitem tudo. Tentam expressar o que é graficamente abstracto? Não sei. Não interessa. O registo, seja qual for o modo ou suporte, é apenas registo pessoal. Não se substitui à experiência e muito menos aos lugares. É mediador: para a própria pessoa que regista ou para outros eventuais intervenientes. Enquanto arquitecta, cada vez mais confirmo que o sentido da Arquitectura são as vivências que os habitantes/ocupantes nelas estabelecem. O fim ou objectivo de criar espaços e edifícios não pode ser um portfolio de autor nem oportunidade de trabalho para empresas construtoras. Isso são etapas. A essência e valor da Arquitectura é a vivência validada por cada habitante, interveniente. Vem este tema a que propósito? Um alerta a quem gere e decide sobre o Bem Público: espaços e equipamentos culturais, sociais... ... ... só servem o território se houver programação, manutenção, ocupação, continuidade, entrega afectiva dos cidadãos. De outro modo, tornam-se museus obsoletos compondo um espólio obsoleto e degradado. A cidade (ou vila, aldeia) é um órgão vivo cujo bom funcionamento depende da rede de ligações activas estabelecidas a diversos níveis. Fácil? Não é. Vital? Sim. Por isso exige uma entrega empenhada por parte de todos. Infelizmente, existem demasiados “divórcios” entre agentes políticos, agentes culturais, agentes educadores, agentes utentes, agentes gestores, agentes fiscalizadores, agentes ausentes, agentes destruidores... agentes. E assim estagnaremos como meros sobreviventes."
É pessoal e nem podia ser de outro modo: expressões que provocam alergia por serem escutadas repetidas vezes. "Pensar fora da caixa!" "Sair da zona de conforto!" O conforto é subjectivo e há quem viva num caixote.
ALOJAMENTO Hostel Portalegre (bom acolhimento e dicas para visita)
1º DIA Café Alentejano Praça do Município Sé Catedral Biblioteca Municipal - Antigo Convento de Santa Clara (visita guiada, integrada num grupo de alunos e professores EB Cristóvao Falcão) Porta de Alegrete Praça da República Escola Superior de Educação Fundação Robinson - Antiga Fábrica de Cortiça - Antigo Convento de São Francisco (visita guiada) [ ] Biblioteca Municipal (visita guiada) Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre (visita guiada, com alunas) Largo da Antiga Fábrica de Cortiça Robinson Capela de São Cristóvão/ Miradouro Jardim da Corredoura Capela do Calvário/ Miradouro Largo da Câmara Municipal de Portalegre - Antigo Colégio de São Sebastião - Antiga Real Fábrica de Lanifícios Galeria Municipal de Exposições Rossio Plátano do Rossio (plantado em 1838) Igreja de São Lourenço Porta da Devesa
2º DIA Museu da Tapeçaria de Portalegre (visita guiada e visita livre) Porta do Crato Museu Municipal (visita livre - exposição temporária - e visita guiada - exposição permanente) [ ] Manufactura das Tapeçarias de Portalegre (visita guiada, integrada num grupo restrito de artistas) Fundação Robinson (visita livre) Praça da República Rossio Jardim do Tarro/ Avenida da Liberdade Centro de Segurança Social (visita livre) Estádio Municipal
3º DIA Largo da Câmara Municipal Mercado Municipal Antigo Mosteiro de São Bernardo - Actual Agrupamento de Instrução da G.N.R. (visita guiada) Jardim da Corredoura Castelo (visita livre) [ ] Casa-Museu José Régio (visita guiada) Igreja e Centro Paroquial de Santo António - Bairro dos Assentos Miradouro das Portas do Crato [ ] Praça da República Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre (concerto comemorativo 30º aniversário da Escola de Artes do Alto Alentejo)
4º DIA Rossio Jardim do Tarro Central de Camionagem
Por opção não levei máquina fotográfica. Levei caderno, caneta e lápis de cera. Não desenhei mas escrevi: sobre o que aprendi, conversei e senti. Até à próxima!