vulgarmente conhecida por Rua da Gráfica, no tardoz do antigo Banco de Portugal. Se se detiverem num edifício de cor amarelo vivo poderão constatar que a loja está por arrendar, mas a sua montra estará ocupada nos próximos dias. "Deixei" ali uma rosa, desenhada com botões de cortiça num manto de tule e espuma.
Tal como a exposição, o autoretrato também é temporário...
Quando acompanhamos a doença ou fragilidade de alguém é imprescindível preservar a DIGNIDADE da mesma. Basta ter presente que - em qualquer etapa da vida - os papéis se podem inverter.
« Desci. Sentei-me perto, muito perto da avó Agnette. Ficámos a olhar o verde do jardim, as gotas a evaporarem, as lesmas a prepararem os corpos para novas caminhadas. O recomeçar das coisas. - Não sei onde é que as lesmas sempre vão, avó. - Vão para casa, filho. - Tantas vezes de um lado para o outro? - Uma casa está em muitos lugares - ela respondeu devagar, me abraçou. - É uma coisa que se encontra. »
OS DA MINHA RUA por ONDJAKI - Editorial Caminho, 2012, p140
É possível e importante estabelecer cruzamento de disciplinas, ou seja, proporcionar reflexão a partir de diferentes perspectivas.
Assim decorreu - a convite da professora Filomena Carvalho - uma Aula Aberta com a turma do curso (CET) de Desenvolvimento de Produtos Multimédia, enquadrada no módulo formativo de Legislação de Publicações Electrónicas.
Arquitectura e Multimédia: sob abordagem comparativa (metodologia de projecto, deontologia, componente social, parâmetros "construtivos") e abordagem colaborativa (produtos multimédia desenvolvidos para espaços/públicos específicos minimizando eventuais condicionantes).
Um cruzamento disciplinar que pode surpreender. Por exemplo, começando pela descrição de uma janela: elemento construtivo (arquitectura), elemento interactivo (multimédia). Funciona? Assegura comunicação? Estimula os sentidos?