Esta não é uma fotografia sob efeito 'photoshop'.
É um dos contrastes de cores mais fascinantes que consegui registar, há quatro anos atrás, aquando da minha visita a Moçambique!
Percorríamos a Estrada Nacional 1 - sentido sul norte com destino a Maxixe - e aqui atravessámos uma ponte sobre rio/mar, a alguns quilómetros de Inharrime.
Deixo-vos também um excerto do meu diário desses dois meses inesquecíveis...
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À medida que nos afastamos de Maputo sentimos a terra África: as cores, os cheiros, as árvores, a terra, as palhotas.
Sempre, sempre, a presença das pessoas que caminham longas distâncias pela terra que ladeia a estrada.
Atravessamos longas plantações de cana-de-açúcar, a zona de vale de rios, os cajueiros permanentes, mangueiras, papaieiras, coqueiros, planta de mandioca, massalas (nas suas árvores despidas)... tantas cores e árvores de sombra.
As palhotas ‘acompanham’ toda a viagem.
Na província de Maputo são circulares mas pouco a pouco assumem configuração rectangular: entrançados de caniço ou folha de palmeira (paredes) cobertos de colmo numa camada, ou três a quatro sobrepostas.
Não têm janelas, são apenas para dormir.
Não têm janelas, são apenas para dormir.
Toda a vida é vivida na rua, à sombra das árvores grandes de braços abertos e estendidos. Receber visitas, cozinhar, comer, conviver, estudar, tratar a roupa, mimicar, fazer salão, conversar… tudo na rua.
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08.08.05
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