28.11.19
29.10.19
19.10.19
no século XVII
De Alberto Manguel no seu livro UMA HISTÓRIA DA CURIOSIDADE (tradução portuguesa, ed. Tinta da China, Lisboa, 2015):
Só muito mais tarde descobri que o questionamento podia ser outra coisa, uma espécie de emoção da demanda, a promessa de algo que se forma enquanto é formulado, uma progressão de perguntas que se multiplicam numa troca mútua entre duas pessoas e que não exigem conclusão.
(...)
Para uma criança, elas são tão essenciais à mente como o movimento o é ao corpo físico. No século XVII, Jean-Jacques Rousseau defendia que a escola tinha de ser um espaço onde a imaginação e a reflexão tivessem rédea livre, sem nenhum propósito prático óbvio nem objectivo utilitário. «O homem civil nasce, vive e morre na escravatura», escreveu. «Ao nascer, cosem-no em mantas; ao morrer, é pregado a um caixão; porquanto mantenha a figura humana, é acorrentado pelas nossas instituições.»
Não é preparando as nossas crianças para um qualquer comércio que a sociedade requeira, insistia Rousseau, que elas se tornam eficientes nas suas tarefas. Antes de serem capazes de criar algo verdadeiramente valioso, as crianças têm de ser capazes de imaginar sem restrições.
2.10.19
arte sacra
Haverá representação capaz de revelar tamanha expressão (mistério) de amor?
(lápis cera sobre madeira, 25x115cm, 1Out2019)
Não é pela razão que chegamos a Ti...
És Tu que Te revelas e convidas ao envolvimento, pessoal e universal...
És Tu que Te revelas e convidas ao envolvimento, pessoal e universal...
8.8.19
6.8.19
6.7.19
«E então?...
...Em que é que trabalhas? O que é que tens feito?...»
Entre outras tarefas,
esta semana "fiz isto":
(desenho original ano 2010)
5.6.19
cadernos e caderninhos
Comprei uma caixa grande para nela tentar reunir os meus muitos e variados cadernos de grafias, mas nestes processos de organização é difícil resistir à leitura, à viagem pelo passado.
Admito que significativa parte deste "diálogo" só tem valor para mim, no entanto, alguns apontamentos são mais abrangentes.
Por exemplo, do dia 30 de Julho de 2002:
«
Estamos sempre a chatear-nos com as crianças e na verdade estamos sempre a condicionar a energia e liberdade que lhes é tão característica.
Não corras dentro de casa.
Não jogues aqui.
Cuidado que partes isso.
Não desarrumes as coisas.
Cuidado com as escadas.
Não te chegues à varanda.
Na verdade talvez desejássemos "amarrá-los". Mas não, precisamos de os libertar. Para tal precisam de espaço, precisam de mexer, "bisbilhotar" para aprender e conhecer.
Acho que os espaços que habitamos são um real condicionamento para as crianças, não são criados a pensar nelas.
O que fazer?
Projectar espaços amplos (exteriores?) onde possam jogar e libertar energias, deixando reservada a casa, a escola, a biblioteca, para as actividades mentais e actividades básicas (higiene, alimentação, repouso...)?
Será que projectamos espaços que enclausuram "a criança que há em todos nós"? Será que concentramos as nossas vidas num domínio mental, desligado da experiência corpórea e aprendizagem sensorial?
Somos humanos engaiolados?
»
28.5.19
linhas e cores de Maio...
...sobre fotocópias de originais realizados em 2014
para o Concurso de Ilustração Infantil Trofa - Prémio Matilde Rosa Araújo...
...sobre tule e papel justapostos...
...num detalhe de proposta para painel...
(a aguardar resultado do concurso convite)
Museu Escolar
No contexto celebrativo do Dia Internacional dos Museus (18 de Maio), aconteceram duas oficinas de sensibilização patrimonial no Museu Escolar de Marrazes com alunos do 3º ciclo (Escola Secundária Afonso Lopes Vieira e Escola Básica 2/3 Marrazes).
Falámos de museus, escolas, espólios, conservação, serviços educativos, comunidade... herança do passado em continuidade para o futuro.
E convidámos os alunos a criarem "espólio" (jogos da memória) para outros públicos e instituições. Corresponderam com criatividade e boa disposição e depois ofereceram: pessoalmente ou via CTT.
14 Maio - ESALV
15 Maio - EB23M
Excelente!
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13.5.19
4.4.19
«Vinde...»
Chegou ao seu destino o meu mais recente trabalho de pintura.
Refeitório do Seminário Diocesano de Leiria
Talvez nunca tenha sido só meu.
Talvez seja nosso desde que surgiu o convite para o conceber...
e a cada momento em que alguém se envolveu para a sua concretização.
Foram muitas horas solitárias de composição criativa, cuja recompensa acontece no cumprimento do destino. Ou seja, quando a pintura passa a ser vossa, dos sentidos que a hão-de captar e saborear.
O tema é muito mais do que (eu) (o trabalho) possa expressar.
Esta é apenas uma proposta de caminho, um humilde recordar do Seu convite.
«Vinde, tomai todos... Fazei isto em memória de Mim»
(tintas acrílicas sobre aglomerados de cortiça, 1.80x1.12m)