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mãe
há uma pomba a olhar para nós...
é branca como a espuma das nuvens,
como flocos de algodão soltos em brisas de outono
vais levar-me ao topo da serra? mostrar-me os pomares onde cresceste?
de lá soltarei as asas,
sobrevoarei o regato fresco
e sei,
onde quer que estejas,
que o teu sorriso será o mais terno,
pleno de luz e arco íris
sentes?.. é como flutuar em mar calmo...
estamos de mãos dadas mas fechamos os olhos...
e o mar,
o mar será agora o nosso ventre comum,
o embalar sussurrante das tardes de verão
gosto de ti,
beijo-te e danço descalça em teu redor
já descobriste os pirilampos?
vê!...
são da cor do nosso coração a crescer contigo
Quando fechar os olhos,
será novamente a serenidade dos teus braços a acolher-me
"
sem data