28.2.10

Atlântico ou Atlântida!?


Sininho e as Fadas da Ilha foram convocadas para uma festa de aniversário...




E apesar do Pico estar nevado, como há quatro anos atrás nesta mesma data, certamente não faltará magia nem o calor alegre da amizade!!





Afinal, celebrar a vida com os amigos é um dom...

:]





21.2.10

> > viagens literárias


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Como o árabe se escreve com a mão direita e da direita para a esquerda, é preciso cuidado para a mão não passar sobre a linha escrita de fresco. Na realidade, a mão, tal uma bailarina, deve dançar levemente sobre o pergaminho, e não pesar como um camponês com a sua charrua.
A caligrafia tem horror ao vazio. A brancura da página atrai-a, como a depressão atmosférica atrai os ventos e faz levantar a tempestade. Uma tempestade de sinais que vêm em nuvens pousar sobre a página, como aves de tinta num campo de neve.

(...)
O cinzel do escultor liberta o jovem, o atleta ou o cavalo do bloco de mármore. Da mesma forma, os sinais são todos prisioneiros da tinta e do tinteiro. O cálamo liberta-os e deixa-os sobre a página. A caligrafia é libertação.
»

Michel Tournier, "A Gota de Ouro"


14.2.10

algo mais

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O amor verdadeiro é o prazer que nos dá o prazer do outro, a alegria que nasce em mim do espectáculo da sua alegria, a felicidade que sinto por sabê-lo feliz.
Prazer do prazer, alegria da alegria, felicidade da felicidade, é isto o amor, nada mais.
»

Michel Tournier, "Gaspar, Belchior & Baltasar"

13.2.10

viagens literárias

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- É pena não teres mais tempo - concluí eu.
Então, voltou ainda às suas perguntas desconcertantes.
- O que é o tempo? - perguntou ele.
- Bem, o tempo... é este espaço em que estamos aqui, esta hora...
- É estarmos um com o outro, queres tu dizer?!
- É isso! - acrescentei eu. - É estarmos presentes.
- Então o tempo é a presença... E eu tenho urgência de estar presente com o meu amigo!
»

Jorge Cabral dos Santos,  "Encontrei o Principezinho - Carta a Saint Exupéry"

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Os preparativos da nossa partida agiram sobre mim como uma cura de juventude e força.
O poeta disse-o: a água que estagna imóvel e sem vida torna-se salobra e lamacenta.
Ao contrário, a água viva e cantante permanece pura e límpida. Assim, a alma do homem sedentário é um vaso onde fermentam agravos indefinidamente remoídos. Da do viajante jorram em torrente ideias novas e acções imprevistas.
»

Michel Tournier,  "Gaspar, Belchior & Baltasar"

e ainda...